No segundo turno a educação sumiu do debate
O segundo turno das eleições está sendo marcado pelo debate sobre a implementação da PEC 300 no Estado da Paraíba, um candidato prometendo o que nunca fez e o outro candidato, por avaliar que será eleito, não quer prometer nada em relação ao tema. Pelo tratamento que têm dado ao assunto, parece que essa se tornou a questão central para o desenvolvimento sócio-econômico da Paraíba, pois a discussão sobre outros temas igualmente importantes, à exemplo da Educação, simplesmente desapareceram.
Na Paraíba a educação pública apresenta um dos piores indicadores no ENEM, quando comparados as escolas privadas. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), das 20 piores escolas avaliadas no ENEM, 19 são de escolas públicas estaduais, e apenas 01 é particular. Já entre as 20 melhores nenhuma é do Estado. Além disso, os professores da rede pública estadual não recebem salário equivalente ao piso nacional e quase a totalidade das escolas não dispõem de laboratórios ou de bibliotecas. Tudo isso demonstra o quadro negativo da educação pública paraibana.
Entretanto, todo esse quadro tem passado despercebido das duas candidaturas que disputam o segundo turno, visto que não tem merecido espaço no debate político das duas últimas semanas. Neste sentido, se faz necessário que os candidatos apresentem à população o programa de governo para a educação pública estadual. A população quer saber como elevar a qualidade da educação pública paraibana e como superar o analfabetismo que atinge mais de 20% de jovens e adultos no Estado.
Qual o comprometimento que as candidaturas de Maranhão e Coutinho têm com propostas como a universalização da educação infantil, educação em tempo integral para todas as crianças e estabelecimento do piso salarial para professores propostos pela CNTE, que é de RS 1.312, 85?
São respostas às questões como estas que os milhares de professores, de estudantes e a população em geral esperam dos dois candidatos neste segundo turno e não, simplesmente, a exibição de um guia eleitoral no dia do professor apresentando uma peça de marketing no lugar de um compromisso consolidado. A Educação não deve ficar esquecida, muito pelo contrário, deve estar no centro das ações de qualquer governo que pensa em promover a igualdade e o desenvolvimento com justiça social.
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