sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ivan Valente critica proposta de governos de não votar matérias que aumentam os gastos públicos

Esta semana, numa reunião entre governadores de estados, líderes de partidos e Ministros do governo Lula, pediu-se que o Congresso Nacional não vote determinadas matérias, por razões financeiras. Entre elas, a PEC 300, que trata do piso para a Polícia Militar, e outras medidas que levariam a um aumento dos gastos públicos nas áreas sociais.
Ivan Valente criticou o pedido:  “Quando os governadores foram candidatos — agora eleitos ou reeleitos — diziam que a prioridade era educação pública, saúde pública e segurança pública. Mas todos sabiam das limitações. O interessante é que, durante a campanha, ninguém quis discutir a dívida pública. Estamos fechando o Orçamento no Congresso Nacional e novamente se vai chegar a R$ 380 bilhões o reservado para pagar juros e amortizações da dívida pública. Mas sobre isso todos se calam e as demandas sociais vão sendo jogadas para adiante”, criticou Ivan Valente.
“Os governadores não querem mexer na estrutura de pagamento da dívida, mas não têm dinheiro para pagar um salário melhor para os profissionais de educação, saúde e segurança pública. Não concordamos com esse raciocínio. Não há nenhuma irresponsabilidade fiscal nisso. O que existe, por parte dos governos federal e estaduais, uma irresponsabilidade social. Ninguém quer discutir uma nova política econômica. Estão todos satisfeitos com o consumo, com o crédito. Mas, na prática, continua muito ruim a área social no País”, avaliou.
Como líder do PSOL, Ivan Valente defendeu a votação de propostas de emendas constitucionais que melhorem o salário do funcionalismo e que profissionalizam e dêem garantias ao segmento.
“As pessoas dizem que não podemos votar um piso para a Polícia Militar porque aí os professores, que têm piso de R$ 1.024 por 40 horas semanais, vão ficar reclamando. É lógico! Se é concedido um piso de 3 mil e tantos reais para uma categoria, por que o professor ganha mil, essa miséria?”, questionou. “Queremos que os banqueiros e os rentistas ganhem menos; que o Governo pare de comprar a confiança do mercado”, afirmou. Assim, não faltariam recursos para as áreas sociais, fundamentais para o desenvolvimento do país.

Fonte: www.ivanvalente.com.br  / 25/11/2010 - 15:59

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